Bom, agora são 4 da manhã de quarta prá quinta e eu estou chegando nas 24 horas acordado daqui a umas 3 horas. A primeira cópia da minha dissertação de Mestrado acabou de ser impressa nesse segundo.
Apesar do tanto que eu sofri com os resultados negativos que me perseguiram até o final por três looongos anos com esse projeto, que só me rendeu algum resultado mês passado, agora que eu acabei de escrever a dissertação e sei que vou mudar de área começo a sentir saudades do tema. Aprendi um bocado sobre ele enquanto eu escrevia, o que me levou à óbvia conclusão de que eu devia ter lido mais durante o Mestrado.
Mas trabalhar e estudar é foda. Já dizia o bom deus (que de bom não tinha nada) ou alguém do velho testamento "Não servirás a dois senhores ao mesmo tempo" ou alguma coisa do gênero.
Eu tinha a idéia de citar Darwin, Confúcio, a Bíblia ou O Senhor dos Anéis, mas não deu tempo. Fica pro paper.
Começo a pensar que sentir saudades de uma coisa que me fez sofrer durante três anos da minha vida é estranho. Pensando bem, acho que passa um pouco por orgulho ferido.
Eu *queria* que as coisas tivessem dado certo. Me sinto meio como se não tivesse funcionado por culpa minha, o que é pelo menos parcialmente verdade, já que foi depois que eu li e tive idéias é que eu tive os resultados positivos. Mas eu vejo pelo menos dois problemas nesse meu querer:
1) Nunca, jamais espere resultados dos seus esperimentos. É tendencioso, e pode te fazer ver coisas onde não tem nada. E em ciência, uma publicação errada pode te queiamr prá sempre;
2) Esperar coisas dos seus experimentos cria um vínculo afetivo no qual se o troço funciona, maravilha, se não, você sofre (no meu caso, por três anos);
Agora que eu parei de bater a cabeça na parede e voltei a sanidade, saudade bosta nenhuma. Achei um rumo aparentemente "certo" (por certo entenda-se: gera resultados publicáveis) no finalzinho do mestrado e vou investir nele mais uns 3 meses depois da defesa prá me render um paper, mesmo que seja meia-boca. Depois disso, me dedico ao meu novo projetinho de vida: doutorado em bioinformática. Esse promete.
Ah, antes que eu esqueça de avisar, fiz a entrevista hoje de manhã e passei na seleção ;-)