10/08/2003

Ontem eu tava no alto da Raja, com frio, puto porque meu último cigarro tinha quebrado (alguém já tentou fumar um cigarro quebrado? Frustrante...) e o ônibus não pasava. Eu gosto muito de esperar ônibus meio agachado, apoiando as costas em um poste.

Comecei a ler um livro do Veríssimo (o filho, não o pai) que a Ma me deu. O cara teve a manha de falar sobre o Borges. Quem quiser conhecer mais esse argentino fodaço pode ler um ensaio dele chamado de "A Biblioteca de Babel" ou, para começar, tem o clássico "O Aleph" (foi mal, só achei em inglês).

Bom, mas voltando a falar do Veríssimo, ele escreveu uma ficçãozinha ("inha" com certeza só pelo tamanho, nunca pela qualidade) do Borges, do Homero e do Joyce em um barco, em um mar de palavras. Fino do fino, ainda mais prá quem gosta da obra dos três. Quem quiser ler, clica aqui.

Aí veio o ônibus. Dei o sinal atrasado e ele parou lá na frente.

Eu levantei meio no susto e fui tentar correr até lá. Sabe o poste que eu estava encostado? Pois é, agora ele estava na minha frente, e veio muito rápido na direção do meu nariz. Sangrou muito, e o motorista não me esperou.

Uma bola de sangue descendo do meu nariz na minha camisa (que, obviamente, era branca) e eu tendo uma crise de riso no alto da Raja. Até acabou a luz.







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